O governo da China parabenizou o presidente eleito dos Estados Unidos. O aceno, em meio à resistência de Trump de reconhecer sua derrota, é um pontapé inicial para a relação entre Pequim e o futuro governo democrata, após as hostilidades, disputas e tensões bilaterais que marcaram o mandato republicano nos Estados Unidos.
“Respeitamos a escolha do povo americano e expressamos nossos parabéns ao senhor Biden e à senhora Harris”, disse na manhã desta sexta Wang Wenbin, porta-voz da Chancelaria chinesa, em sua entrevista coletiva diária. “Entendemos que o resultado eleitoral se decidirá de acordo com as leis e procedimentos americanos”, completou.
A maioria dos líderes internacionais – especialmente os principais aliados dos EUA – parabenizou Biden nos últimos dias, como a chanceler alemã, Angela Merkel; o premier canadense, Justin Trudeau; e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.
Arizona
O New York Times, a CNN e a NBC News projetaram, na madrugada desta sexta-feira (13), a vitória de Joe Biden também no Arizona, levando os 11 delegados do estado, ampliando para 290 votos no colégio eleitoral, 20 a mais do que o necessário que fosse eleito.
Apesar desses números, o presidente Donald Trump continua questionando, sem apresentar provas, a lisura do pleito, recusando-se a reconhecer a derrota e colocando os Estados Unidos em um grande impasse.
A apuração no Arizona ainda não acabou, mas Biden atualmente está a frente por uma margem considerada irreversível. Ele é o primeiro candidato democrata a vencer no estado desde 1996, quando Bill Clinton foi reeleito para seu segundo mandato. Desde então, o Arizona era considerado um reduto republicano – há quatro anos, Trump ganhou lá por 3,5 pontos percentuais.