O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou que não vai encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que visita o estado nesta sexta-feira (26), por causa do risco de aglomeração em meio à crise sanitária com aumento de casos de Covid-19 no estado.
Pela terceira vez nesta semana, Bolsonaro deixa o Palácio do Planalto para fazer visitas a estados. Na última quarta-feira (24), o presidente esteve no Acre; na quinta (25), em Foz do Iguaçu (PR); e nesta sexta chega no fim da manhã ao Ceará para cerimônia de assinatura de três de ordens de serviço de obras federais.
Na visita ao Ceará, Bolsonaro será acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e do diretor-geral do DNIT, general Santos Filho.
Nas passagens de Bolsonaro pelos estados é comum o presidente interagir com apoiadores, provocar aglomerações e não usar máscara de proteção contra o novo coronavírus.
O Ceará teve aumento de 109% na média móvel de mortes provocadas pela Covid-19 em 14 dias. Em um ano de pandemia, o estado soma mais de 11 mil mortes e 420.369 infectados pela doença — números da atualização desta quinta (25) do consórcio de veículos de imprensa.
O Governador do Ceará critica o evento que deve gerar aglomeração em um momento de ‘gravíssima crise sanitária’. “Tenho todo respeito à autoridade, mas não posso compactuar com aquilo que considero um grave equívoco”, disse Camilo.