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Fiocruz alerta para novos cenários com Delta

A Organização Mundial da Saúde (OMS), fez um alerta em seu boletim epidemiológico semanal, sobre a variante Mu, do novo coronavírus,

A Fiocruz, publicou nesta quinta-feira (6), em sua nova edição do Boletim Observatório Covid-19 um alerta de preocupação sobre surgimento e crescimento da presença de novas variantes, como a Delta.

Segundo o estudo há possibilidade de que surgimento de novos cenários de transmissão e riscos, podem ser agravados pela maior transmissibilidade da nova cepa. O boletim alerta também sobre  a reversão no processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil, com o retorno de internações em leitos de UTI para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, o número de óbitos, que concentram um maior número de idosos.

A pesquisa da Fiocruz destaca a necessidade de combinar vacinação com o uso de máscaras, incluindo campanhas e busca ativa.

Agravamento

Com base nos dados referentes às semanas epidemiológicas 29 e 30 (18 a 31 de julho de 2021), a avaliação aponta que as incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ainda permanecem em níveis altos, muito altos ou extremamente altos no país. Tais níveis indicam transmissão significativa da covid-19, pois a maior parte dos casos de SRAG é referente a casos de infecção por Covid-19.

“É fundamental o esquema vacinal completo para todos os elegíveis, a fim de proteger contra os casos graves e óbitos por Covid-19, incluindo os relacionados à variante Delta, além da necessidade de ampliar e acelerar a vacinação”, afirmam os pesquisadores do Observatório, responsáveis pelo Boletim da Fiocruz, que traz nesta edição recomendações fundamentais de medidas de proteção.

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Perfil Demográfico

A proporção de casos de internações entre idosos, hoje em 37,5%, já esteve em 27,1% (SE 23, 6/6 até 12/6). A proporção do número de óbitos, que, na mesma semana 23, esteve em 44,6%, está em 62,1%.

A análise indica também redução importante da proporção de internações nas faixas etárias de 50 a 59 anos e uma diminuição discreta na faixa de 40 a 49 anos. Os cientistas chamam a atenção de que qualquer conclusão sobre a mudança apontada no perfil da pandemia no Brasil ainda é precoce e deve ser acompanhada de perto nas próximas semanas.

A análise também destaca que o perfil de mortalidade por idade em países de baixa e média renda, como é o caso do Brasil, é diferente do observado em países ricos. Os mais jovens enfrentam um risco maior de morrer em países em desenvolvimento do que em países de alta renda. Isso ocorre porque as populações não idosas nesses países têm uma maior incidência de doenças preexistentes e menos acesso a tratamento e cuidados que potencialmente salvam vidas.

A boa notícia desta edição é que foi verificada queda de incidência e mortalidade por Covid-19. Entretanto, os números ainda seguem preocupantes. A taxa de mortalidade diminuiu 1,3% ao dia, enquanto a taxa de incidência de casos de Covid-19 foi reduzida em 0,3% por dia.

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