Após Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos abusar do direito de ficar calada, baseada no habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante à depoente o direito de ficar calada e não produzir provas contra ela mesma, o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM) suspendeu a sessão para pedir maiores esclarecimentos ao ministro Fux sobre os limites que a depoente tem para responder ou não as perguntas da comissão.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, iniciou seus questionamentos a Emanuela Medrades, assegurando que não faria qualquer pergunta que pudesse levá-la a se incriminar. A depoente não se dispôs sequer a responder qual o seu vínculo profissional com a Precisa Medicamentos.
Omar Aziz considerou um absurdo e anunciou a suspensão da sessão para entrar com embargos de declaração no STF. O presidente da CPI quer que a Corte Suprema esclareça “quais são os limites para a depoente ficar em silêncio”. Omar anunciou ainda que, caso permaneça calada, a diretora técnica da Precisa Medicamentos será reconvocada após o pronunciamento do STF.
A CPI aprovou ainda um requerimento para que a Polícia Federal compartilhe com a comissão cópia do depoimento prestado na segunda-feira (12) por Emanuela. O pedido foi apresentado por Randolfe Rodrigues (Rede-AP).