Ícone do site Bahia Pra Você

Ecofolia Solidária reforça impacto ambiental e social

O Ecofolia Solidária consolida-se mais uma vez como um dos pilares para tornar o Carnaval baiano mais sustentável e inclusivo, garantindo a

O Ecofolia Solidária consolida-se mais uma vez como um dos pilares para tornar o Carnaval baiano mais sustentável e inclusivo, garantindo a destinação correta dos resíduos gerados durante a festa. No sexto dia da folia já são 135,6 toneladas de materiais recicláveis coletados, sendo 90,4 toneladas de alumínio, 20,6 toneladas de PET e 24,4 toneladas de plástico. O resultado, fruto da parceria entre o Governo do Estado da Bahia e diversas instituições, reforça o impacto positivo do projeto, que valoriza o trabalho dos catadores e contribui para a limpeza e preservação da cidade.

A diretora de Políticas e Planejamento Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Luana Ribeiro, destacou que os números registrados até o momento evidenciam o avanço da iniciativa.

“Hoje, no penúltimo dia, já estamos com 135 toneladas, um grande avanço, e percebemos uma evolução significativa a cada ano. O trabalho do Governo do Estado na fiscalização e na elaboração de relatórios tem sido fundamental, pois, a partir dessas análises, são implementadas melhorias. O cadastro dos catadores também foi mais ágil. No primeiro dia, sempre há filas devido à alta demanda, mas conseguimos atender a todos os autônomos [mais de 2.364 cadastros]. Apesar de alguns desafios naturais, fica evidente que aprimoramos esse trabalho a cada ano. Hoje, já temos um serviço de excelência prestado pelas cooperativas, e os catadores autônomos conhecem e respeitam o projeto. Esse alinhamento fortalece a parceria entre todos os envolvidos. O aprendizado é seguir ampliando esse apoio aos catadores, pois quanto mais estrutura oferecemos, mais resíduos retiramos das ruas”, reforçou Luana.

Catadora há cinco anos, Joanice dos Santos nasceu e cresceu no bairro de Plataforma, no subúrbio de Salvador, e participa pela segunda vez do Ecofolia Solidária. Para ela, a coleta de recicláveis representa dignidade e reconhecimento.

“Aqui no Ecofolia, a gente tem um apoio melhor, tem um espaço certo pra pesar o material, tem cadastro, isso faz toda diferença. Com as cooperativas organizadas, conseguimos um valor melhor pelo material e mais reconhecimento. E tem outra coisa: muita gente que vinha pro Carnaval sem saber do nosso trabalho agora respeita mais. Já tem folião que separa as latinhas direitinho e entrega direto pra gente. Isso mostra que o povo tá entendendo que reciclagem não é só jogar coisa fora, é economia, é trabalho, é meio ambiente”, destacou Joanice.

ANÚNCIO

Trabalhando em parceria com o Governo, as cooperativas desempenham um papel essencial no Ecofolia Solidária, organizando a triagem dos resíduos, otimizando a logística de coleta e garantindo que os materiais recicláveis sejam encaminhados para reaproveitamento.

Eliete Portugal, coordenadora financeira da Cooperativa CoopRede, ressaltou que, a cada ano, as expectativas aumentam e a cooperativa segue em constante aprimoramento para suprir as demandas e oferecer um serviço cada vez mais eficiente.

“Os resultados nos surpreendem a cada edição, principalmente pela quantidade de material que conseguimos retirar do ambiente e destinar corretamente para a reciclagem. Esse retorno para a população tem um impacto enorme. Muitas vezes, os próprios catadores não têm noção do grande trabalho que realizam. Eles são peças fundamentais para a sociedade. Só para se ter uma ideia, em poucos dias de Carnaval, uma única cooperativa consegue recolher cerca de 15 toneladas de material. Agora, imagine esse impacto em toda a rede. A diferença que faz para o meio ambiente é gigantesca”, explicou.

Após a coleta, os materiais recicláveis passam por um processo de triagem realizado pelas cooperativas, que separam os diferentes tipos de resíduos, como alumínio, PET, plástico e papel. Os materiais são então encaminhados para centros de reciclagem, onde são processados e transformados em novos produtos.

O coordenador da Cooperativa Cooperguary, Genivaldo Ribeiro, conhecido como Tico, explicou a dinâmica do trabalho: os catadores recolhem os materiais durante o Carnaval utilizando equipamentos de segurança e sacos de ráfia e trazem tudo para a central.

ANÚNCIO

“Aqui, armazenamos os materiais e os encaminhamos para a cooperativa, onde é feita uma seleção mais fina dos resíduos. Após a separação, os materiais são enviados para a indústria de reciclagem. Esse processo garante que os catadores recebam uma renda justa pelo trabalho realizado, além de contribuir para a melhoria do meio ambiente. A cadeia de coleta seletiva que organizamos durante o Carnaval de Salvador já acontece há vários anos e é fundamental para proporcionar mais qualidade de vida e renda para os catadores de materiais recicláveis.”

O Ecofolia Solidária é coordenado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com as secretarias do Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Urbano (Sedur), Desenvolvimento Rural (SDR), Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) e Políticas para as Mulheres (SPM), além das Voluntárias Sociais, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

Sair da versão mobile