O governador João Doria (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (4) ter recebido do Ministério da Saúde apenas metade das doses da vacina Pfizer que estavam previstas para chegar no estado de São Paulo.
Dória afirma também ter enviado um ofício à pasta pela não entrega de doses, que São Paulo teria direito na divisão proporcional entre os estados de acordo com o tamanho da população. Segundo ele, 228.150 imunizantes não foram enviados, “sem nenhuma justificativa”.
Ele qualificou a situação de uma “decisão arbitrária” do governo federal e uma “queda do pacto federativo”. “Decidiu punir quem fez o certo”, acrescentou ele, que pede que o ministério “imediatamente” envie o quantitativo.
De acordo com o governador, a situação pode afetar o calendário de imunização já anunciado, especialmente para a vacinação de adolescentes. “Com menos vacinas do que o prometido, o Ministério da Saúde compromete o calendário de vacinação de crianças e adolescentes no Estado de São Paulo, previsto começar em 18 de agosto”, declarou.
Eduardo Ribeiro, secretário executivo da Secretaria Estadual da Saúde, lembrou que São Paulo costuma receber mais de 20% dos envios das vacinas.
Segundo secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, o ofício enviado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reivindica a entrega das doses faltantes em 24 horas. Até o momento, a vacina da Pfizer é a única autorizada no País para a aplicação em menores de idade, de 12 a 17 anos.
O governo Doria anunciou ainda a estimativa de que shows com o público de pé e festas, além da presença de torcida em eventos esportivos (como jogos de futebol), estarão liberados a partir de 1º de novembro. A estimada foi feita a partir da expectativa de que cerca de 90% dos adultos estejam com o esquema vacinal completo até a data. A utilização de máscaras continuará obrigatória.