O ex-presidente Donald Trump foi absolvido, neste sábado (13), de incitar o ataque ao Capitólio no dia de 6 de janeiro, tornando-se o primeiro presidente na história dos Estados Unidos a enfrentar um segundo processo de impeachment – e sobrevivendo em parte por causa de sua contínua influência no Partido Republicano, apesar de sua derrota eleitoral em novembro.
Esse controle pareceu afrouxar um pouco durante a votação de sábado à tarde, quando sete republicanos cruzaram as linhas partidárias para votar pela condenação – um sinal da cisão que o cerco ao Capitólio causou nas fileiras do Partido Republicano e do desejo de alguns no partido de deixar Trump. Ainda assim, a votação de 57 a 43, na qual todos os democratas e dois independentes votaram contra o presidente, ficou muito aquém dos dois terços necessários para a condenação.
A contagem veio depois que os senadores suspenderam brevemente o processo votando para permitir testemunhas – apenas para se reverter em meio à oposição republicana e após horas de negociações com os democratas da Câmara e a equipe de defesa de Trump.
A decisão no final de renunciar ao depoimento preparou o cenário para a absolvição de Donald Trump sem um relato completo de suas ações em 6 de janeiro, quando manifestantes pró-Trump que acreditaram em suas falsas alegações de que ele realmente tinha vencido a eleição invadiram o Capitólio e colocaram vidas em perigo de legisladores, o vice-presidente Mike Pence e centenas de funcionários e policiais. A confusão resultou na morte de um policial e outros quatro.
Até mesmo alguns dos que votaram para absolver o ex-presidente o criticaram do plenário do Senado depois que o julgamento de impeachment terminou.
