Pessoas apontadas como integrantes do “ministério paralelo” da Saúde, grupo de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro, teriam participado de ao menos 24 reuniões, no Palácio do Planalto ou no Alvorada com objetivo de definir os rumos da política do governo no combate à pandemia do novo coronavírus. A informação, publicada originalmente na Folha de S.Paulo, consta de documentos da Casa Civil que foram entregues à CPI da Pandemia.
O presidente Bolsonaro, segundo consta nos documentos, só não participou de seis reuniões do total. Além dele, são citadas as participações dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o senador Flávio Bolsonaro; o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS); o assessor especial da Presidência Tercio; o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten; e a médica Nise Yamaguchi.
Carlos e Flávio Bolsonaro teriam participado de ao menos cinco reuniões, três delas por videoconferência, para tratar do tema “governadores e pedidos de apoio para enfrentamento da crise”.
Uma das reuniões, em abril do ano passado, tratou sobre hidroxicloroquina, remédio que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. O presidente chegou a fazer postagens sobre a médica nas redes sociais para falar sobre o medicamento.