O diretor geral da Polícia Federal (PF) Márcio Nunes mudou a direção do setor de Investigação e Combate à Corrupção. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, substituí Luiz Flávio Zampronha na direção pelo delegado Caio Rodrigo Pellim, superintendente regional da Polícia Federal no Ceará desde 2021
O setor que Pellim coordenará é responsável por conduzir as diligências nas investigações que apuram fake News, financiamento de atos antidemocráticos e investigar parlamentares suspeitos de desvio de dinheiro público. Nessas investigações, são alvos deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (filhos do presidente), além do próprio Bolsonaro.
A Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores (Cinq) atua junto com o departamento. O setor cuida de investigações em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra políticos com foro privilegiado, como Bolsonaro.
Pellim atuava como superintende regional do Ceará desde julho do ano passado. Ele também já coordenou as delegacias da PF em Rondônia e no Rio Grande do Norte.
A mudança ocorre depois de o governo federal trocar a direção-geral da corporação, substituindo o delegado Paulo Maiurino por Márcio Nunes, que era secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O diretor da PF deve fazer alterações em outros setores da corporação, como a Diretoria de Inteligência Policial, atualmente chefiada pelo delegado Rodrigo Gomes. O setor cuida de investigações sobre ataques pela internet contra instituições públicas.