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Democracia é inegociável, afirma Aziz sobre desfile

Durante a abertura da sessão da CPI da Pandemia, o presidente da comissão Omar Aziz fez um pronunciamento que condena a ação promovida pelo presidente Jair Bolsonaro durante o período grave em que o país está passando e afirmou que o desfile é uma demonstração de fraqueza.

No mesmo dia em que o será votada a proposta de emenda constitucional (PEC) do voto impresso, o presidente Jair Bolsonaro promoveu um desfile militar na Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira (10), o que provocou reação de parlamentares.

O parlamentar disse que o presidente comandou uma lamentável ação para intimidar parlamentares e opositores. Conforme a nota, Jair Bolsonaro tentou demonstrar força, mas evidenciou a fraqueza de um presidente acuado e acusado de corrupção.

“As forças jamais podem ser usadas para intimidar a população e adversários políticos legitimamente constituídos. Não há previsão constitucional para isso”, afirmou Omar Aziz, que disse ainda que “a democracia é inegociável.”

Bolsonaro é defensor da medida, mas a expectativa é que o Congresso derrube a PEC. O presidente sustenta, sem provas, que houve fraudes nas urnas eletrônicas e já ameaçou não haver eleições em 2022 se o voto impresso não for adotado. Na última segunda (9), o chefe do Executivo não apresentou nenhuma prova que mostre evidências de fraudes nas eleições em 2014.

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“Não haverá voto impresso. Não haverá golpe contra a nossa democracia. Instituições, Congresso à frente, não permitiria. Democracia tem instrumentos para defender a própria democracia contra arroubos golpistas. Agressões à Constituição não são legítimas. Defender golpe não é aceitável. Defender o fim da democracia precisa ser punido com o rigor da lei. Nós, os democratas, estamos aqui a postos, para defender a democracia e nosso país.”, acrescentou Aziz.

Ao falar como líder do MDB, o senador Eduardo Braga (AM) condenou a ação e afirmou que “todo poder emana do povo e em nome do povo será exercido”.

Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) destacaram não ser a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro se utiliza do cargo para tentar intimidar os parlamentares.

“Talvez seja para não demonstrar a força, mas para esconder os esquemas de corrupção que esta CPI está descobrindo.”, expôs Randolfe.

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