O líder supremo do Irã disse que, se uma série de suspeitas de envenenamento em escolas femininas for comprovadamente deliberada, os culpados devem ser condenados à morte por terem cometido um “crime imperdoável”.
Foi a primeira vez que o aiatolá Ali Khamenei, que tem a palavra final em todos os assuntos de Estado, falou publicamente sobre as suspeitas de envenenamento, que começaram no final do ano passado.
As autoridades iranianas só os reconheceram nas últimas semanas e não forneceram detalhes sobre quem pode estar por trás dos ataques ou quais produtos químicos – se houver – foram usados. Ao contrário do vizinho Afeganistão, o Irã não tem histórico de extremistas religiosos visando a educação das mulheres.
“Se for comprovado o envenenamento de estudantes, os autores desse crime devem ser condenados à pena capital e não haverá anistia para eles”, disse Khamenei na segunda-feira (6), segundo a agência de notícias estatal Irna.
As autoridades reconheceram a suspeita de ataques em mais de 50 escolas em 21 das 30 províncias do Irã desde novembro.
O ministro do Interior, Ahmad Vahidi, disse no fim de semana que “amostras suspeitas” foram coletadas pelos investigadores, sem dar mais detalhes. Ele pediu ao público que mantenha a calma e acusou inimigos não identificados de incitar o medo para minar o país.