Além de associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, estudo publicado recentemente na revista cientifica Journal of Bone and Mineral Research (Jornal de Pesquisa Óssea e Mineral, em português), descobriu que crianças acima do peso são mais suscetíveis a fraturas.
Realizado na Catalunha, na Espanha, o estudo considerou dados de 466.997 crianças entre 2006 e 2013 que aos 4 anos de idade passaram pela triagem de rotina à pré-escola em um dos 296 centros de atenção primária da cidade. Elas foram acompanhadas até os 15 anos de idade pelos pesquisadores que tinham como objetivo verificar se o Índice de Massa Corpórea (IMC) de sobrepeso ou obesidade no início do período escolar estava associado ao aumento de incidências de fraturas na infância.
Os cientistas descobriram que IMC obeso no início da vida escolar aumenta em 70% o risco de fraturas em membros inferiores e 20% em membros superiores. Para o caso de IMC com sobrepeso as chances de fraturas em pernas e braços são, respectivamente 40% e 10%.
Entre os motivos listados pelos pesquisadores para efeito prejudicial do excesso de peso sobre os ossos das crianças estão os baixos níveis de vitamina D, atividade reduzida e equilíbrio prejudicado. Além da maior chance de quebrar os ossos, o sobrepeso pode fazer com que a criança sofra com dores e desenvolva artrite. Em casos mais raros há o desenvolvimento de problemas como a Epifisiólise.
Alimentação não balanceada, pouca atividade física e uso em excesso de equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores e tablets favorecem, comprovadamente, a obesidade infantil. Além de aumentar as chances de fraturas, é fator de risco para colesterol alto e problemas cardiovasculares.