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CPI vai apurar denúncia de propinas de até R$296 mil mensais na Saúde

A CPI da Pandemia terá um novo foco: a denúncia de pagamentos irregulares mensais de até R$296 mil a políticos e servidores ligados ao

A CPI da Pandemia terá um novo foco: a denúncia de pagamentos irregulares mensais de até R$296 mil a políticos e servidores ligados ao Ministério da Saúde. O suposto esquema mensal de propina teria se iniciado em 2018 e tinha previsão de duração de cinco anos.

O esquema denunciado por uma ex-servidora da pasta, foi discutido em uma reunião de senadores independentes e da oposição realizada na terça-feira (6), na casa de Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão.

Esquema

Segundo a denúncia, entre os beneficiados estaria o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro e atual líder do governo na Câmara, que em 2018 estava à frente no Ministério da Saúde. Ele nega as acusações

Antes a distribuição de vacinas e de outros insumos pelo governo federal era feita pelo próprio Ministério da Saúde por meio da Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Cenadi), órgão que existiu por cerca de 20 anos.

Durante a gestão de Barros, porém, a Cenadi foi extinta e, em seu lugar, entrou a empresa VTC Operadora Logística Ltda, conhecida como VTCLog. A companhia privada passou a assumir a responsabilidade pelo armazenamento, controle e distribuição de todas as vacinas, medicamentos, soros e demais insumos entregues pela União a estados e municípios do país.

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Segundo um parlamentar que integra a CPI, novas testemunhas relataram a senadores que a “operadora logística” contratada durante a gestão Barros seria um meio para desviar recursos do Ministério da Saúde, inclusive durante a pandemia do novo coronavírus.

O UOL teve acesso ao contrato nº 59/18 e a todos os aditivos de valores concedidos à empresa que preveem a prestação de serviço de “transporte e armazenamento” da empresa ao SUS durante 60 meses (ou cinco anos) por um valor total de R$ 592.733.096,15.

Isso significa que, caso o suposto pagamento mensal tenha ocorrido, como acreditam senadores da cúpula da CPI, a quantia que teria sido concedida irregularmente a políticos e servidores somaria R$ 59,2 milhões, ou 10% do total.  Esse valor, dividido pelos 5 anos contratados, renderia, por mês, cerca de R$ 990 mil aos envolvidos. Um décimo do valor (ou R$ 99 mil) ficaria com Roberto Dias.

De acordo com as informações recebidas pela CPI, os R$ 890 mil restantes eram, então, divididos em três partes iguais de pouco mais de R$296 mil cada uma e repassados para três políticos, entre eles Ricardo Barros. Os envolvidos nas investigações, porém, negaram-se a revelar quem são os outros dois envolvidos no suposto esquema.

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