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CPI elogia Ivanildo por depor e critica uso de atestados

serviços de logística para o Ministério da Saúde, foram o tema central do depoimento desta quarta-feira (1º) na CPI da Pandemia.

As transações milionárias com dinheiro vivo da VTCLog, empresa que presta serviços de logística para o Ministério da Saúde, foram o tema central do depoimento desta quarta-feira (1º) na CPI da Pandemia. O depoente foi Ivanildo Gonçalves da Silva, motoboy da empresa, que confirmou saques e pagamentos de boletos em nome da VTCLog.

Acompanhado do advogado Alan Diniz de Ornelas, pago pela empresa de logística, Ivanildo se negou a entregar seu celular à CPI e disse desconhecer a destinação dos valores e documentos que transportou. O motoboy também confirmou idas ao Ministério da Saúde.

O depoimento de Ivanildo substituiu o de Marcos Tolentino, acusado de ser sócio oculto da FIB Bank, fiadora da Precisa Medicamentos na fracassada compra da vacina indiana Covaxin. Tolentino alegou, para não depor, internação no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido a um “mal-estar”.

Atestados para não depor

Os senadores elogiaram o motoboy pela decisão de depor, mas suspeitaram da justificativa de Tolentino para não comparecer. O relator da Comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), assegurou que o relatório final, previsto para este mês, não será divulgado enquanto Tolentino não comparecer.

À tarde, numa grande coincidência, o depoente previsto para esta quinta-feira (2), Marconny Faria, também encaminhou à CPI atestado de internação por “dor pélvica” na unidade do Sírio-Libanês, em Brasília. Marconny é apontado como lobista da Precisa Medicamentos. Omar Aziz (PSD-AM) telefonou para o hospital solicitando informações sobre os dois pacientes. O Sírio-Libanês comprometeu-se, segundo ele, a nomear uma junta médica para avaliá-los clinicamente. Omar ameaçou conduzir ambos a depor sob vara (coerção judicial).

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Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou vídeo da internet, da noite anterior, em que Tolentino aparecia saudável. O vice-presidente da CPI ironizou o que chamou de “efeito colateral da CPI”:

– Se ambos pensam que fugirão desta CPI, não fugirão.

Atos antidemocráticos

As manifestações pró-governo previstas para o feriado de 7 de setembro foram tema de debate no início da reunião. Humberto Costa (PT-PE) informou à CPI que o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), foi flagrado com R$ 505 mil em espécie no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Suspeita-se que o dinheiro seria usado para financiar atos antidemocráticos. Omar Aziz anunciou que a CPI daria conhecimento do fato ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Fonte: Agência Senado
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