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Cotada para assumir pasta da Saúde deve recusar o convite

Cotada para assumir o Ministério da Saúde em um momento grave da pandemia em todo o país, a cardiologista Ludhmila Hajjar não deve aceitar comandar a pasta. Segundo matéria do Estadão, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, na tarde deste domingo (14), a médica informou a autoridades próximas que acompanham as tratativas que deve recusar um convite para o cargo.

Na reunião, segundo estes interlocutores, ficou clara a diferença de visões que Bolsonaro e Hajjar têm sobre o combate à Covid-19. Enquanto o presidente defende medicamentos sem eficácia, como a cloroquina, a médica critica abertamente este tipo de tratamento. Para aceitar o cargo, ela gostaria de montar uma equipe própria na pasta, mas o presidente quer manter o controle das ações do ministério na pandemia.

A substituição do atual ministro, Eduardo Pazuello, ganharam força no fim de semana. Hajjar tem apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de outras autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Auxiliares do presidente viram a nomeação da cardiologista como uma chance de mudar a narrativa sobre a pandemia. O governo está sob pressão pela alta de mortes, explosão de internações e atrasos na campanha de vacinação.

Outros nomes cotados para um convite para o cargo são o do deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), aliado de Lira, e do médico Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Uma autoridade que acompanha as discussões é que ambos devem receber apoio do Congresso e de auxiliares do presidente, mas podem parar no filtro de Bolsonaro ao cargo, pois também têm opiniões distintas às do mandatário sobre o combate à pandemia.

 

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