O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator da CPMI das Fake-News no Congresso, disse à coluna Painel, da Folha de S. Paulo que o pedido feito pela Polícia Federal para acessar documentos das investigações foi muito genérico e pedirá que seja feita uma solicitação detalhada, informando quais documentos são de interesse.
O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) mostrou dados da CPMI das Fake News para a PF, que ligariam ligariam o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pessoalmente ao esquema de ataques virtuais contra opositores da família.
Em depoimento na semana passada, no dia 29 de setembro, Frota apontou diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio que teriam sido identificados como participantes de ações de disseminação de fake news na internet.
Segundo Frota, os IPs estão ligados a um email oficial e a endereços do filho do presidente. A PF, então, solicitou acesso aos documentos da CPMI ao senador Ângelo Coronel. A PF quer, primeiramente, confirmar o vínculo dos IPs com Eduardo. Depois, a investigação vai buscar o conteúdo administrado por esses computadores, para poder afirmar se deles partiram de fato ataques contra opositores do presidente Jair Bolsonaro.
“Eles disseram que querem todo o material relacionado a ações contra instituições democráticas. É muita coisa que a gente produziu, um calhamaço enorme. Não dá para pedir tudo assim. Estou escrevendo pedindo que façam um novo pedido especificando o que desejam receber”, diz o senador.
“Tudo o que produzimos na CPMI está no site, coloquei na internet. E tem uma parte dos documentos que está sob sigilo, no cofre”, completa.