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COP27 adia encerramento para sábado (19)

As negociações da conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima, previstas para terminar nesta sexta-feira (18) no Egito, serão prorrogadas até sábado, anunciou hoje a presidência do evento. As conversas estão travadas, e o impasse está em um mecanismo de compensação às perdas sofridas pelos países mais vulneráveis aos impactos climáticos. “Perdas e Danos”, como é chamado o tópico, é o grande tema da COP27 e um dos mais difíceis de solucionar.

Pequenas ilhas e países mais vulneráveis pedem compensação pelos danos causados pelo avanço do nível do mar em seus territórios, chuvas torrenciais e secas, desde 1992, quando se criou a convenção do clima. Não emitem praticamente nada, mas sofrem muito com o problema.

Na quinta-feira à noite, a União Europeia (UE) lançou uma proposta de compromisso. Em plenária, Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia, disse que o bloco concorda em criar um fundo de Perdas e Danos desde que limitado apenas a “pequenos países vulneráveis”, e que outros países em desenvolvimento também têm de contribuir.

“O bloco quer mostrar que são construtivos, mesmo sabendo que a proposta será rejeitada. A intenção é quebrar o G77”, diz um observador.

Esta semana, o grupo dos países em desenvolvimento conhecido pela sigla G77 (e que reúne 134 nações) formalizou a proposta que seja criado na COP27 um fundo ou um instrumento para que, em dois anos, o processo comece a funcionar. Pediram um “sinal político”, que um mecanismo de “Perdas e Danos” seja criado na COP do Egito para decolar em 2024. A ideia não foi bem recebida pelos países ricos.

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