O Congresso dos Estados Unidos ratificou nesta quinta-feira (7), a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial no ano passado. Em uma sessão que se estendeu por toda a madrugada, retomada após a invasão do Capitólio por extremistas pró-Trump, os parlamentares confirmaram os resultados apresentados pelo colégio eleitoral e formalizaram a vitória da chapa Biden-Harris. Após o fim da sessão, Trump admitiu o fim do mandato e prometeu uma “transição ordenada”.
Com a confirmação do resultado apresentado pelos Estados – que apontou vitória da chapa democrata com 306 delegados conquistados –, não há mais nenhum obstáculo formal no caminho de Biden até a Casa Branca. A data da posse do novo presidente e de sua vice, Kamala Harris, está prevista para o dia 20 de janeiro.
A sessão no Congresso foi retomada seis horas depois que uma multidão de extremistas pró-Donald Trump invadiu o Capitólio após um discurso em que o presidente americano prometeu nunca admitir sua derrota, em desafio ao rito parlamentar que confirmaria a vitória democrata.
O grupo interrompeu a certificação dos votos. A polícia precisou retirar o vice-presidente Mike Pence, que presidia a sessão, e os demais legisladores do prédio em um cenário de violência que abalou um pilar da democracia americana e deixou ao menos quatro mortos.
A agitação levou a prefeita de Washington, Muriel Bowser, decretar toque de recolher em toda a cidade das 18h de ontem até às 6h de hoje. Mais tarde, disse que o estado de emergência na cidade ficaria em vigor até o dia da posse de Biden, em 20 de janeiro.
Por volta das 23 horas, depois de as autoridades terem conseguido limpar o Capitólio e seus arredores, Pence, autorizou a retomada dos trabalhos pelas duas casas do Congresso, para a continuidade do processo de ratificação do resultado das eleições.
A sessão passou longe de ser o ato simbólico que costuma ser. O resultado foi validado após uma madrugada de trabalho marcada pelas objeções apresentadas por aliados de Trump nas sessões da Câmara e do Senado. Resultados de Estados como Arizona e Pensilvânia foram contestados pelos parlamentares fiéis ao presidente, mas as objeções foram rejeitadas.