As chuvas fortes que caem na capital baiana desde o último sábado (16) já resultaram no acionamento de oito sirenes em sete localidades situadas em áreas de risco: Voluntários da Pátria (Lobato), Vila Picasso (Capelinha), Bom Juá (Calabetão), Baixa do Cacau (São Caetano), Mamede (Alto da Terezinha), Moscou (Castelo Branco) e Calabetão.
Nestas localidades, o índice pluviométrico alcançou 150mm nas últimas 72h. Esse é o nível de alerta máximo para deslizamentos de terra, de acordo com a Defesa Civil de Salvador (Codesal).
A partir do Plano Preventivo de Defesa Civil, são monitoradas e mapeadas as áreas com risco de alagamento e deslizamento de terra. Esse risco é dividido em quatro níveis: observação, quando há normalidade; atenção; alerta; e alerta máximo. No último caso, quando há 150 mm de chuvas durante 72 horas e a previsão é de chuva forte a muito forte, a sirene é acionada.
A orientação da Codesal aos moradores de área de risco onde houve acionamento das sirenes é a saída imediata do imóvel, portando apenas documentação mínima e remédios. Em seguida, essas pessoas são conduzidas aos abrigos organizados pela Prefeitura em escolas municipais.
Em seguida, os técnicos da Defesa Civil realizam a vistoria da área e dos imóveis evacuados a fim de verificar se há condições de o morador deslocado retornar para a residência de forma segura. Se o imóvel estiver comprometido pela chuva, os desalojados ou desabrigados são cadastrados na Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), para que possam ter acesso ao auxílio moradia ou auxílio emergência.
Apoio dos Nupdecs
Nas áreas de risco mapeadas, a Codesal realiza a formação do Núcleo Comunitário de Prevenção e Defesa Civil (Nupdec), cujo objetivo é capacitar um grupo de moradores locais para reduzir riscos e danos em caso de chuvas fortes. A capacitação aborda temas sobre defesa civil, percepção de risco, primeiros socorros e assistência em situações de desastre.
O simulado é realizado para os integrantes do Nupdecs – e também a população – saberem como agir quando as sirenes de alerta são acionadas. Na ocasião, é seguido o mapa de evacuação previamente traçado e as orientações estabelecidas no treinamento.
Este ano, a Codesal realizou, nos meses de fevereiro e março, os simulados de evacuação nas localidades. A iniciativa, inclusive, é integrante das ações preparatórias para a Operação Chuva, com atividades intensificadas pela Prefeitura nos meses de abril a junho, historicamente o período mais chuvoso na cidade.
Balanço
De acordo com o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, nas últimas 72h, a cidade registrou um acumulado de 225 mm de chuva. “Nos primeiros 19 dias deste mês, já tivemos 91% das chuvas – 278,4 mm registrados na estação meteorológica de Ondina – previstas para todo o mês de abril, cuja média é de 284,9 mm”, salientou.