A negativa da liberação do público nos estádios pelo governo da Bahia frustrou as expectativas dos clubes do Brasileirão. A confiança era de que todas as praças da Série A teriam o retorno das torcidas.
A cautela do governo baiano é justificável. Neste sábado (25), o Laboratório Central da Bahia (Lacen-BA) divulgou, por meio de sequenciamento genético, a detecção de mais 58 amostras da variante Delta da Covid-19 no estado. Agora a Bahia tem ao todo 72 casos da variante, com dois óbitos.
Assim, o cenário atual força os dirigentes decidirem se mantém ou não o acordo feito em 8 de setembro, que previa liberação da torcida na Série A só se 100% das sedes tivessem autorização.
O conselho técnico se reúne nesta terça-feira (28) junto à CBF, conforme programado. Os clubes têm a prerrogativa de mudar o acordo feito há 20 dias. Na ocasião, os 19 presentes firmaram a posição pela necessidade de ter 100% de autorização para aprovar o retorno da torcida na Série A. O Flamengo se ausentou da reunião.
Neste momento, a posição do Bahia é vista como crucial para o rumo da discussão. Se o clube aceitar ser o único a jogar sem torcida, pode facilitar a aprovação. O complicador é que essa decisão não é simples para o presidente Guilherme Bellintani, já que o tricolor vive uma crise financeira e técnica, com atrasos de salários e com a entrada do time na zona de rebaixamento.