Educação
Classes hospitalares mantêm alunos atualizados durante tratamentos
A modalidade virtual atende crianças e jovens em leitos de hospitais e em casa

A Escola Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, unidade que faz parte da Secretaria Municipal de Educação (Smed), tem aplicado conteúdos virtuais para crianças e jovens que se encontram em leitos de hospitais, casas de acolhimento e realizam tratamento em casa, assistidos pela instituição.
As aulas acontecem duas vezes na semana, as segundas e quartas-feiras, com duração de duas horas, através das plataformas do Google Meet e Whatsapp. Os conteúdos pedagógicos são trabalhados em sala virtual, seguindo os respectivos anos de escolaridade, baseado no planejamento da secretaria e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A coordenadora pedagógica da escola, Guaciara Soares, enfatizou que as aulas são ministradas de acordo com o estado de casa aluno, ministradas de formas diferentes, respeitando as condições dos estudantes.
“Sabemos da importância em continuar ofertando o conteúdo pedagógico durante a pandemia, mas estudamos caso a caso, levando em consideração as questões de saúde e de acesso às tecnologias de cada paciente”, relata Guaciara.
Ainda segundo ela, os estudantes que utilizam computador ou tablet estão tendo aulas pelo Google Meet. Para quem faz uso do celular, o conteúdo é por chamada de vídeo, grupos de WhatsApp, permitindo chamadas de voz para tirar dúvidas e receber orientações.
Conteúdo
Além disso, a programação online conta com aulas em tempo real, atividades gravadas e slides explicativos enviados pelas professoras. O conteúdo remoto também é aplicado no Youtube, Canal da TV ou pela Plataforma Mais. “Todos que têm possibilidades de fazer as atividades propostas têm recebido pela cesta blocos de atividades”, pontua a coordenadora.
Para a mãe do menino Miguel Nascimento de Oliveira, de 8 anos, os conteúdos são essenciais para estimular o desenvolvimento das crianças em casa. Adriele Oliveira, têm se dedicado para que seu filho, vítima de hipotonia global, doença muscular que inviabiliza os movimentos, realize todas as atividades online.
“Ele fica bastante atento à tela do tablet, prestando atenção ao que professora está explicando. Aos vídeos que são apresentados, ele responde sim ou não, e quando não gosta ele grita e se balança para derrubar o tablet para não olhar mais. Mas interage bastante com a professora e, nesse momento de pandemia, tem sido muito importante”, reforça a mãe.
Localizada no bairro de Amaralina, a Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce promovia, antes da pandemia, aulas para estudantes internados em 13 hospitais, três clínicas de hemodiálise, três casas de apoio e no Lar Vida, em Canabrava.
Além do Martagão, os profissionais ensinavam aos estudantes hospitalizados no Hospital Ana Nery, Aristides Maltez, Couto Maia, Eládio Lasserre, Otávio Mangabeira, Roberto Santos, Santo Amaro, Santo Antônio, Santa Izabel, São Rafael e Subúrbio.
O trabalho também é desenvolvido nas clínicas D Vita, Climbahia e Clínica Senhor do Bonfim, todas especializadas em hemodiálise. A iniciativa contempla mais de mil alunos. Além de outros 160 com doenças crônicas e internamentos rápidos, pequenas cirurgias e doenças de cura rápida. Mais 20 crianças sem possibilidade de sair das suas casas, recebem aulas nos seus domicílios.
Ciência
Estudantes criam vinagre artesanal feito com o caldo da cana
Receita ancestral pode proporcionar uma nova forma de renda para a comunidade de Uruçuca

Os saberes ancestrais estão presentes em diversas comunidades no interior da Bahia, enriquecendo a cultura com tradições e receitas. Entusiasmadas pelo professor Valério Araújo, as estudantes Mayelen Sena e Lavínia Lívia de Santos, do Colégio Estadual do Campo de Serra Grande, no município de Uruçuca, utilizaram desse saber para criar um tipo de vinagre artesanal a partir do caldo da cana. O projeto tem por objetivo desenvolver novos meios de comércio na comunidade, de uma maneira saudável e sustentável, além de trazer novas formas de renda.
Para a criação do vinagre artesanal foi utilizado o caldo da cana, uma matéria-prima benéfica e fácil de encontrar na região. De acordo com estudos feitos pelo Centro Tecnológico de Pesquisa e Produção de Alimentos (CTPPA), o vinagre de caldo de cana fortalece o sistema imunológico, auxilia na digestão e tem mais aminoácidos essenciais que não são produzidos pelo organismo humano, mas importantes para seu funcionamento, devendo, portanto, ser adquiridos por meio da alimentação.
O objetivo das jovens é trazer um produto para o mercado com baixo custo de produção. A proposta, por ser feita com uma receita ancestral, influencia as tradições culturais da comunidade, criando assim uma valorização maior de um produto cotidiano para eles. “As receitas ancestrais têm um valor gigante porque fazem parte da nossa história. Aprender com o que os mais velhos faziam é uma forma de manter viva a nossa cultura”, afirma Mayelen.
O projeto, que conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC), une inovação e empreendedorismo, contribuindo como fonte de renda e autoestima da comunidade. As estudantes já planejam iniciar a comercialização do produto em eventos na região. “Dependendo dos resultados, planejamos expandir as vendas criando uma loja física”, enfatiza Lavínia, destacando que o propósito é apresentar essa alternativa tanto para consumidores quanto para possíveis investidores.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.
Educação
Governo do Estado inaugura nova escola de tempo integral em Antas
A nova unidade representa um marco para a educação na cidade, oferecendo uma estrutura moderna

Com 12 salas de aula, laboratórios, biblioteca, teatro, auditório e um complexo e equipamentos poliesportivos, a nova sede do Colégio Estadual de Tempo Integral Professora Luiza Carvalho Silva foi inaugurada nesta sexta-feira (11), no município de Antas, pelo governador Jerônimo Rodrigues. A nova unidade representa um marco para a educação na cidade, oferecendo uma estrutura moderna e voltada para o ensino em tempo integral. Com um investimento de mais de R$ 24 milhões, o espaço foi pensado para garantir conforto, acessibilidade e um ambiente de aprendizado mais dinâmico e acolhedor para os estudantes.
Para o estudante Caio Mendes, a nova estrutura faz toda a diferença na vida dos alunos. “Uma escola assim dá mais vontade de estudar. A gente chega e vê um lugar bonito, bem cuidado, com tudo funcionando. Isso motiva, melhora nosso interesse e facilita muito o aprendizado”, afirmou. O novo ambiente, segundo ele, contribui para que os estudantes se sintam valorizados e mais preparados para o futuro.
Durante a inauguração, o governador destacou a importância da nova sede para a juventude de Antas. “Essa é uma entrega que representa muito mais do que uma obra física. É um investimento no futuro dos jovens, na educação de qualidade e no desenvolvimento da nossa gente”, afirmou. Ele também ressaltou o papel do ensino em tempo integral na formação dos alunos. “Esse modelo amplia o tempo de aprendizagem, estimula o protagonismo e oferece novas oportunidades para os estudantes”.
A secretária da Educação, Rowenna Brito, também celebrou a entrega e os avanços para a comunidade escolar. “Essa estrutura vai nos permitir atender mais alunos, com mais qualidade. Eles terão acesso a um ensino mais completo, com atividades culturais, esportivas e de reforço escolar”, explicou.
Reforço na saúde e infraestrutura
Além da entrega da nova escola, o município de Antas foi contemplado com investimentos na área da saúde. Por meio da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foram entregues novos equipamentos para os hospitais Santa Maria e Nossa Senhora de Lourdes, com o objetivo de qualificar e ampliar os atendimentos na unidade. A cidade também recebeu uma van para o Transporte Fora de Domicílio (TFD) e uma nova ambulância, que reforçam a estrutura de mobilidade da saúde pública e garantem mais agilidade no atendimento a pacientes que necessitam de cuidados especializados fora do município.
Ainda no município, o governador autorizou a implantação de um ponto do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e a elaboração do projeto para pavimentação da rodovia BA-392, no trecho entre Antas e o entroncamento com o município de Cícero Dantas, atendendo a uma demanda antiga da população e contribuindo para melhorar a infraestrutura e a mobilidade na região. A expectativa é que a obra conte com investimento de mais de R$ 22 milhões.
Ciência
Jovens utilizam moringa e mandacaru para tratamento de água barrosa
Estudantes do interior baiano desenvolvem projeto de ciências com base em sementes tradicionais do Nordeste

Com sementes coletadas na própria comunidade e experimentos feitos em casa, estudantes do Colégio Estadual Dr. Jairo Azzi, no município de Lamarão, desenvolveram uma técnica de purificação da água utilizando sementes de moringa e a casca de mandacaru como coagulantes naturais. Com orientação do professor Djanderson Nascimento, as jovens cientistas Anne Caroline Nogueira e Clara Bispo pesquisaram um método que oferecesse uma solução acessível, eficaz e sustentável para o tratamento de água em regiões com acesso limitado a tecnologias convencionais.
“Os testes que realizamos indicaram que a combinação das sementes alcança resultados comparáveis aos coagulantes químicos tradicionais, como o sulfato de alumínio, especialmente na remoção de turbidez, com eficiências superiores a 90%” aponta Djanderson. “A moringa é responsável por remover a turbidez da água, enquanto o mandacaru atua como bactericida, inativando microrganismos remanescentes. Essa solução natural se adequa nos critérios de práticas sustentáveis, pois gera não resíduos tóxicos”, complementa.
De acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil, em 2022, cerca de 7,7 milhões de residências nordestinas não recebiam água diariamente. Esses dados são, segundo a equipe, uma oportunidade para buscar soluções para o problema. “O projeto visa melhorar a qualidade de vida dos povos do Nordeste brasileiro, que, muitas vezes, sofrem pela falta de água, tendo que recorrer a poços e açudes, nos quais a água tende a ser barrosa”, destaca Anne Caroline.
Além da inovação científica, a proposta também representa um exercício de engajamento comunitário e educação ambiental, tendo sido apresentada na Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba), com apoio da Secretaria da Educação (Sec). A próxima etapa prevê a ampliação das análises e da divulgação da técnica, visando sua adoção em outras comunidades do semiárido.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.
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