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China rechaça o boicote diplomático dos EUA

A China não reagiu bem ao boicote diplomático do governo dos EUA aos Jogos de Inverno do ano que vem, já que mais países consideram se juntar ao protesto contra o histórico de violação dos direitos humanos de Pequim e a Nova Zelândia também anunciou que não enviaria representantes aos Jogos.

As autoridades chinesas consideraram o boicote de Washington uma “postura e manipulação políticas” e tentaram desacreditar a decisão alegando que os diplomatas americanos sequer haviam sido convidados para os Jogos de Pequim.

A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira (6) que não enviaria nenhum representante oficial ou diplomático para os Jogos de Inverno e Paraolimpíadas em fevereiro, “devido ao genocídio em curso na República Popular da China e aos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”.

Nesta terça-feira (7), o vice-primeiro-ministro da Nova Zelândia, Grant Robertson, confirmou que o país não enviará representantes diplomáticos em nível ministerial. Robertson citou a Covid-19 como a razão principal “mas deixamos claro para a China em várias ocasiões nossas preocupações sobre questões de direitos humanos”, disse ele.

O Reino Unido, Canadá e Austrália disseram que estão considerando suas posições. Na semana passada, a Lituânia, que enfrenta hostilidades comerciais e diplomáticas da China por causa de seu relacionamento crescente com Taiwan, anunciou que nem seu presidente nem ministros compareceriam aos Jogos.

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As autoridades chinesas responderam ao anúncio dos EUA com indignação e também demissão preventiva. Liu Xiaoming, o ex-embaixador chinês no Reino Unido, disse que as Olimpíadas “não são um palco para postura e manipulação políticas”.

“Os políticos americanos continuam promovendo um ‘boicote diplomático’, mesmo sem serem convidados para os Jogos. Este pensamento positivo e pura arrogância visa a manipulação política”, disse ele.

“É uma grave caricatura do espírito da Carta Olímpica, uma provocação política flagrante e uma séria afronta aos 1,4 bilhão de chineses. Isso só fará com que o povo chinês e o mundo vejam claramente a natureza e a hipocrisia anti-China dos políticos norte-americanos”.

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