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Cervejarias sofrem com falta de embalagens e insumos

A crise das embalagens se torna a mais nova consequência da pandemia que atinge as cervejarias e contribui para tornar ainda mais desafiador o ano de 2020. No setor de bebidas, se para uma gigante como a Heineken faltam garrafas de vidro, imagine para as microcervejarias. Além de garrafa, faltam lata, growler de plástico, caixas de papelão e até malte, matéria-prima essencial para a fabricação de cerveja. Há também atrasos na entrega de rótulos, devido à escassez de PVC.

“Há algum tempo a gente tem sofrido com a falta das garrafas. Só que este ano foi agravado pela pandemia, porque as fábricas de garrafas normalmente começam a produzir no segundo trimestre para estocar para o segundo semestre. Porém, essas fábricas pararam e não constituíram estoque de segurança para o final do ano”, explica Marcelo Paixão, presidente do conselho da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) e fundador da cervejaria mineira Verace.

Segundo ele, os dois pontos principais dessa falta são: o aumento de demanda com as cervejarias querendo comprar latas e garrafas ao mesmo tempo, após um período paradas, e a falta de matéria-prima, que atinge vários setores do País de forma geral.

Gilberto Tarantino, fundador da cervejaria paulistana Tarantino, descreve o cenário como “um terror”. “A gente está sofrendo com esse problema faz tempo. Falta de lata, falta de papelão, atraso no fornecimento de rótulos e no de growler de plástico, porque a tampa é feita com um produto que está em falta”, diz.

Ele conta que foi informado por um fornecedor de lata que agora o pedido deve ser feito com 60 dias de antecedência, com pagamento de parte do valor adiantado. “Geralmente, a gente pedia lata e depois de uma semana chegava. Está um terror, uma bagunça.”

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