O professor Luiz Carlos Gomes de Oliveira, 61 anos, afirma que foi impedido de receber a segunda dose de vacina contra a Covid-19 em um quartel do Corpo de Bombeiros enquanto vestisse uma camisa crítica ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A camisa traz a seguinte mensagem: “A segunda dose da vacina nos livra da covid-19. O que nos livrará do Bolsovírus será o impeachment ou seu voto em 2022”. O caso aconteceu hoje no Grupamento de Busca e Salvamento, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Luiz estava acompanhado de sua esposa, a professora aposentada Dirlene Oliveira, 61 anos, que usava o mesmo modelo de camiseta e estava ali para tomar a segunda dose. O casal afirma que já havia usado uma camisa de protesto no mesmo quartel, no dia da aplicação da primeira dose.
Mas hoje, de acordo com o relato, foram avisados por um soldado, ainda na fila, que o comandante não permitiria a vacinação de ninguém que estivesse com cartazes ou camisetas com mensagens políticas.
Ele afirma que não observou a identificação do soldado ou questionou o nome do comandante responsável pela determinação. “O soldado foi super gentil e educado, estava cumprindo ordens. Eu apenas pensei: ‘Se eu estivesse falando bem do Bolsonaro, poderia entrar?’”, relembra.
De acordo com ele, os funcionários até ofereceram um lugar reservado para a troca de roupas, mas não foi necessário. Luiz virou a camisa do avesso, enquanto Dirlene retirou a sua completamente e ficou vestida com uma camiseta neutra, que já usava por baixo da roupa de protesto.
Ele destaca que, apesar do fato, o atendimento correu bem durante todo o processo e conseguiram se vacinar.