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Casa de Gana é instalada no Pelourinho e aproxima país africano e Salvador

O ritual marcou a instalação da Casa de Gana, no imóvel nº 7, na Rua Frei Vicente, na Ladeira de São Miguel. Durante a programação

O tradicional Cortejo Durbar com a Fontomfrom de Shebre, dança africana para saudar chefes e autoridades, tomou conta das ruas do Pelourinho, nesta segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra. O ritual marcou a instalação da Casa de Gana, no imóvel nº 7, na Rua Frei Vicente, na Ladeira de São Miguel. Durante a programação do Salvador Capital Afro, que acontece entre os dias 20 e 24, o espaço oferece atividades culturais gratuitas, das 10h às 22h, com música, dança, culinária, literatura, artesanato e debates. A iniciativa promovida pela Embaixada de Gana no Brasil, em parceria com a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), visa fortalecer a conexão entre o Brasil e Gana.   

A manifestação cultural nas ruas do Centro Histórico reuniu cerca de 30 artistas ganeses e 20 lideranças, entre representantes governamentais, incluindo a Embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia. A festa africana envolveu músicos, percussionistas, dançarinos, mascarados, acrobatas, andadores de perna-de-pau, vestidos com suas indumentárias características feitas com o tecido kente, além de seus tambores típicos.  “Quanta satisfação! Muita alegria em unir Gana e Salvador”, disse a Embaixadora. 

De acordo com o diretor do Escritório de Cooperação Internacional da Prefeitura, João Victor Queiroz, Salvador e Gana tem inúmeras semelhanças e enlaces culturais e históricos. “Nós nos aproximamos por afinidades. Temos muito em comum se pensarmos que Salvador é a cidade mais negra fora da África e Gana um dos países mais importantes do continente africano. Estamos felizes. Com certeza esse espaço além de um lugar de troca de vivência, é também o pontapé inicial para muitos outros projetos sociais e culturais entre Salvador e Gana”, considerou, lembrando que as tratativas para a instalação da Casa tiveram início em agosto de 2022.   

O estilista, designer e curador do projeto, Luiz Delaja, nascido no Brasil e educado na África Central e Ocidental, explica que a Casa de Gana nasce com uma programação temporária, mas a ideia é que o projeto seja um centro cultural fixo que ocupe um espaço no Pelourinho. “Sempre foi um nosso trazer casas africanas para Salvador. O projeto está em desenvolvimento junto com a Embaixada de Gana no Brasil, Prefeitura de Salvador e demais poderes. Além de eventos, vamos ter um restaurante, bem como diversos cursos sobre temas e fazeres ganenses”, explica.  

Segundo ele, a expectativa é que a estrutura também sirva como ponto de referência para os ganeses que viajam pelo Brasil. “A ideia é despertar o sentimento de orgulho e a conexão com nossos antepassados que caminharam, trabalharam e viveram seus dias em Salvador”, destaca.   

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Logo após o cortejo de abertura, artistas, autoridades e uma comitiva com cerca de 18 representantes diplomáticos de vários países africanos e latino-americanos se dirigiram a Casa de Gana. A programação desta segunda-feira contou com a leitura e discussão do livro “Adinkra – Sabedoria em Símbolos Africanos”; conversas sobre conexões entre Brasil e Gana, além de apresentações das danças tradicionais Adzogbo e Takai; e de música com a jovem Wiyaala, conhecida como A Jovem Leoa Africana, e DJ Sankofa.   

Programação para os próximos dias:  
21/11: 
22/11:   
23/11:   
24/11:
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