Ícone do site Bahia Pra Você

Banco Central aumenta taxa de juros para 6,25%

nto compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management, mostrou que o Brasil aparece como o país com maior taxa de juros reais do mundo. 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve seu “plano de voo” e elevou de 5,25% para 6,25% ao ano nesta quarta-feira (22), a taxa básica de juros (Selic). Este foi o quinto aumento consecutivo dos juros e o segundo em sequência nessa magnitude, após três altas iniciais de 0,75 ponto porcentual.

Após uma piora nas perspectivas para a inflação no último mês, alguns economistas chegaram a considerar que o Copom faria um aumento ainda maior, acima de 1 ponto, o que não aconteceu. Com a decisão de hoje, a Selic está no maior nível em dois anos, superando o patamar de agosto de 2019 – antes da pandemia de covid-19.

Além do aumento desta quarta, o Copom adiantou que deve manter o atual ritmo de ajuste na próxima reunião, nos dias 26 e 27 de outubro, o que pode levar a um novo aumento da taxa de juros, para 7,25%. Mas o colegiado ressaltou que essa posição pode mudar, já que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, dos riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte da política monetária.

O BC justificou que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta.

Nos últimos meses, a inflação medida pelo IPCA vem subindo, em razão principalmente do aumento dos preços de energia, combustíveis e dos alimentos. Com isso, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 9,68%, beirando os dois dígitos.

ANÚNCIO

O mercado estima que a inflação termine o ano em 8,3%, segundo o último Boletim Focus, bem acima do teto da meta do Banco Central, de 5,25%. O aumento das taxas de juros reflete um esforço do Banco Central para levar a inflação para a meta no ano que vem, que é de 3,5% – com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.

Após os dados mais recentes da inflação mostrarem um IPCA acumulado de 9,68% em 12 meses até agosto, diversos economistas chegaram a apostar em uma intervenção maior nos juros nesta reunião, com um aumento de mais 1 ponto na Selic. No entanto, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, realinhou as expectativas na semana passada ao afirmar que o colegiado não iria reagir a cada novo dado divulgado sobre a dinâmica de preços ao consumidor e iria manter o seu “plano de voo”.

Sair da versão mobile