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Bahia inaugura primeiro hospital de transição do SUS e anuncia pacote bilionário

ampliar a rede de média e alta complexidade do SUS na Bahia. O foco é a oncologia, a abertura de novos leitos e a produção de medicamentos

Em agenda nesta quinta-feira (27), o governador Jerônimo Rodrigues, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, anunciaram um pacote superior a R$ 2,5 bilhões para ampliar a rede de média e alta complexidade do SUS na Bahia. O foco é a oncologia, a abertura de novos leitos e a produção de medicamentos estratégicos.

O principal ato foi a inauguração do Hospital Estadual Costa dos Coqueiros, apresentado como o primeiro hospital de transição e longa permanência do país dedicado integralmente ao SUS. Localizado em Lauro de Freitas, a unidade dispõe de 90 leitos, sendo 60 para reabilitação clínica e 30 para condições crônicas complexas, incluindo dez destinados a pacientes com osteomielite. O investimento em obras e equipamentos soma R$ 30,4 milhões, e a entrega de uma ambulância também integrou a cerimônia.

Segundo o governador, a iniciativa busca interiorizar serviços especializados e reduzir deslocamentos para Salvador. “Nossa prioridade é fazer com que tratamentos complexos deixem de ser exclusivos da capital”, afirmou Jerônimo Rodrigues.

O hospital será administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), com contrato mensal de R$ 3,4 milhões, além de reforço federal de R$ 29,4 milhões por ano para custeio. “A unidade será 100% regulada e vai desafogar a rede de atenção à saúde”, destacou Bruno Guimarães, diretor-geral da FESF.

Mais investimentos

O Ministério da Saúde anunciou R$ 352,2 milhões adicionais para o Teto de Média e Alta Complexidade da Bahia, beneficiando as 26 Policlínicas Regionais, o Hospital Ortopédico, o Hospital Mont Serrat, o Costa dos Coqueiros e a Unacon de Caetité, que inicia processo de estadualização. A unidade terá 110 leitos, incluindo 20 de UTI, com custeio mensal de R$ 4 milhões.

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Também foi confirmado aporte de R$ 30 milhões para as Obras Sociais Irmã Dulce, garantindo a ampliação de serviços estratégicos em oncologia e pediatria.

Bahiafarma e produção de medicamentos

Outro destaque foi a assinatura das ordens de serviço para reforma e ampliação das plantas industriais da Bahiafarma, em Simões Filho, com investimento de R$ 24,5 milhões. A indústria estadual passará a produzir quatro medicamentos biológicos utilizados pelo SUS: bevacizumabe, nivolumabe, pertuzumabe e eculizumabe, este último para tratamento de doença rara. No plano anual de compras do Ministério da Saúde, esses produtos representam potencial de R$ 1,945 bilhão.

Para Alexandre Padilha, ministro da Saúde, o conjunto de medidas marca uma mudança de escala no enfrentamento do câncer na Bahia. “Estamos ampliando o acesso ao diagnóstico, à cirurgia, à radioterapia e a medicamentos modernos em todas as etapas do cuidado”, afirmou.

A secretária Roberta Santana reforçou que as entregas integram um redesenho da rede estadual: “Com hospital de transição, mais leitos oncológicos e produção pública de fármacos, aceleramos a regulação e damos respostas mais rápidas a quem depende do SUS”.

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