As buscas por Lázaro Barbosa Souza, de 33 anos, apontado como autor de uma chacina no Distrito Federal, completam uma semana, nesta terça-feira. Ele é procurado por uma equipe de mais de 200 agentes das polícias federal, rodoviária, civil e militar de duas unidades da federação.
Na noite desta segunda-feira (14), a polícia recebeu a informação de uma nova troca de tiros envolvendo o suspeito e um fazendeiro em Edilância, um povoado no município de Cocalzinho, em Goiás. Lázaro teria se ferido no episódio.
– Ouvimos um barulho e gritei com ele. Ele disse que ia entrar e o rapaz que estava comigo falou que ia ligar para a polícia, foi quando ele atirou e revidamos — contou o homem à reportagem do “Correio Braziliense”.
Segundo ele, o suspeito gemeu e disse que havia sido atingido:
– Desgraçado, você me acertou, mas eu vou te matar. Foi quando eu desliguei o relógio e falei que se ele entrasse eu ia matar ele.
A presença de Lázaro na região despertou uma onda de medo entre moradores e lojistas.
– O pessoal está com medo, está ficando mais quieto. Tem mulher sem dormir, o pessoal de fazenda deixou suas chácaras. É uma tensão bem grande – disse o comerciante Eduardo Ferreira, de 41 anos. – A torcida é para a polícia pegar logo, que finalize esse trabalho com êxito. Enquanto não pegar, acho que não volta à vida normal, não.
O secretário de segurança pública de Goiás, Rodney Miranda, que acompanha as bsucas, disse, nesta segunda-feira, que considera Lázaro um “psicopata”:
– Estamos com oito vítimas confirmadas, cinco delas fatais e em situações que levam qualquer um a ficar preocupado. Todas as propriedades que ainda têm pessoas que precisam ficar lá nós colocamos viaturas próximas, estamos dando todo o amparo para a população até a retirada desse sujeito aqui da região. E não vamos sair daqui até desentocá-lo e apresentá-lo para a Justiça.
Além das cinco mortes no Distrito Federal, Lázaro é dono de extensa ficha criminal que inclui uma condenação por homicídio na Bahia; um mandado de prisão decorrente de uma condenação por estupro e roubo com arma de fogo em Brasília; além da suspeita de um ataque com golpes de machado na cabeça de idosos em Goiás. Ele já foi preso, mas fugiu.
A força-tarefa montada pelas secretarias de Segurança Pública de Goiás e do DF para prendê-lo tem base em Cocalzinho. O grupo conta com policiais da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O grupo conta com o reforço da cavalaria.
São usados cães farejadores, três helicópteros e drones. Agentes fazem buscas em estradas e param carros para revistá-los.