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Ato em Goiás faz apologia à tortura e ao racismo

Imagens de um ato realizado no município de Goiás no último sábado, dia 1º, têm provocado manifestações de revolta nas redes sociais. Fotos mostram duas pessoas com vestes semelhantes às usadas por adeptos da organização terrorista e supremacista Ku Klux Klan, segurando uma faixa com a frase em destaque “Deus, perdoe os torturadores”, e um cartaz menor abaixo dizendo “Nosso Brasil pertence ao senhor Jesus” e ainda “Direita com Bolsonaro”.

Por meio de nota divulgada em rede social, a Associação Cultural Pilão de Prata da cidade de Goiás repudiou o ato, ressaltando que ele “agiu violentamente de forma racista e criminosa criando aspectos de violência simbólica latente inspirados na seita Ku Klux Klan, assassina de povo negro”.

A organização explicou que a escolha do local para realizar a manifestação também foi ofensiva.

“Justo em solo sagrado e patrimonial da cultura afro-brasileira da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos erguida às custas do flagelo do povo negro e de seus remanescentes”, afirmou, acrescentando que o “símbolo religioso da cidade de Goiás” foi manchado e que o episódio seria “digno de medidas jurídicas de responsabilização pelos diversos crimes cometidos”, como apologia à tortura e racismo.

“Inescrupulosos caminharam pelo território quilombola em afronta à vida destes que carregam consigo o legado de seus antepassados”, criticou. “Em um momento tão crítico com mais de 400.000 (quatrocentos mil) mortos numa pandemia descontrolada profanaram o chão de Oxum, da Rainha Zinga, dos Bantus, das nossas crianças e dos nossos velhos”.

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