A farmacêutica AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira (21) que seu medicamento Enhertu, desenvolvido para o tratamento contra o câncer, demonstrou ajudar significativamente mulheres que sofrem de um tipo de tumor de mama.
A Astrazeneca, que está trabalhando no medicamento com a empresa japonesa Daiichi Sankyo, informou que Enhertu prolongou a sobrevida e retardou a progressão do câncer de mama metastático com baixos níveis de uma proteína conhecida como HER2.
A melhora foi “clinicamente significativa” quando comparada com a quimioterapia padrão, disse, acrescentando que os resultados detalhados do estudo em estágio final serão apresentados em uma conferência médica ainda não divulgada.
A Astrazeneca disse que entraria em contato com agências reguladoras para permitir uma revisão rápida de um uso mais amplo do medicamento.
Embora o estudo tenha se limitado a pacientes com baixo HER2 cujos tumores se espalharam para outras partes do corpo, os analistas disseram que uma leitura positiva do teste poderia pressagiar o uso futuro em estágios anteriores da doença com potencialmente centenas de milhares de novos pacientes elegíveis por ano.
Há três anos, o Enhertu demonstrou ajudar mulheres com câncer de mama metastático caracterizado por altos níveis de HER2 quando comparado ao Kadcyla, o medicamento da Roche da Suíça — o maior fabricante mundial de medicamentos contra o câncer.
“Trata-se de redefinir a categorização do câncer de mama e aumentar o número de opções para as mulheres.”, disse Susan Galbraith, chefe de pesquisa e desenvolvimento em oncologia da Astra.
Ela acrescentou que, embora o novo estudo tenha se concentrado em mulheres que esgotaram de três a quatro terapias anteriores, mais ensaios futuros testariam o Enhertu em mulheres durante os estágios iniciais da doença, tanto com HER2 alto quanto baixo, o que seria muito maior grupo de pacientes.
Enhertu pertence a uma classe promissora de terapias chamadas conjugados de drogas de anticorpos (ADC), que são anticorpos projetados que se ligam a células tumorais e, em seguida, liberam substâncias químicas que matam as células.