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Anvisa tranquiliza população sobre a suspensão da CoronaVac

Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspender cauterlamente por 90 dias, o uso de cerca de 12,1 milhões de doses da vacina CoronaVac

Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspender cauterlamente por 90 dias, o uso de cerca de 12,1 milhões de doses da vacina CoronaVac já entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) e de outras 9 milhões que ainda chegarão ao país, o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, afirmou que a população pode ter tranquilidade em relação aos imunizantes e que a medida não lança “descrédito” em relação à vacina produzida pelo Instituto Butantan.

A medida foi tomada pela Anvisa ao ser informada de que esses lotes foram envasados em uma fábrica chinesa que não passou por inspeção da agência, o que pode gerar riscos ao processo. O Certificado de Boas Práticas de Fabricação é crucial à concessão de registro para vacinas aplicadas no país. Durante o processo, técnicos avaliam as condições da fábrica durante a produção e se atendem aos padrões de segurança da Anvisa.

Barra Torres não descarta o envio de uma missão à China para inspecionar a fábrica onde os imunizantes foram envasados. Segundo ele, “todas as possibilidades estão sobre a mesa”. Barra afirmou ainda que o Butantan “foi transparente” e que as “instituições estão atuando”.

A informação veio direto do próprio Instituto Butantan que de fato alguns lotes, que em parte já tinham dado entrada no Brasil, e outros, que ainda vêm para o Brasil, tinham como local de fabricação uma fábrica não certificada pela Anvisa. A princípio, precisamos, pelo menos, que fosse comprovada a certificação por organismos regulatórios internacionais, que também seria uma informação útil para nós. É muito importante deixar bem claro que não há processo investigativo ou de apuração, a informação veio do próprio Butantan. E, diante dessa informação, não há outra coisa a fazer a não ser de maneira cautelar promover a interdição desses produtos que já estejam em território nacional até que essa certificação do fabricante seja devidamente apresentada e analisada.

O que esperamos é que a certificação necessária seja enviada pela Sinovac ao Butantan. O Butantan deverá nos apresentar, analisaremos e emitiremos o parecer final. É importante a população saber que essa é uma decisão a nível de gerência e não a nível de diretoria. Essa decisão é do escopo da Gerência Geral de Fiscalização. Do mesmo jeito que o registro de vacinas é também uma decisão gerencial da área de Medicamentos. Eu classificaria como um processo administrativo, regulatório, que pode acontecer. E é uma medida cautelar para prevenir e evitar qualquer tipo de dúvida diante de um produto tão importante. Então não é nenhum demérito à vacina, nenhum senão em relação à marca.

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