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Aniversário de Salvador terá festival de espetáculos a partir de quinta (17)

A Fundação Gregório de Mattos (FGM), apresenta durante o aniversário de 474 anos de Salvador, o Curto Circuito das Artes. O festival de espetáculos solo começa nesta quinta-feira (17) e vai até 16 de abril, todas as sextas e sábados, ocupando o Teatro Gregório de Mattos (TGM), no Centro, e os Espaços Boca de Brasa (Subúrbio 360/Coutos, Cajazeiras/Mercado de Cajazeiras, CEU Valéria e Centro Cultural Sesi Casa Branca/Itapagipe) em Salvador. Todas as apresentações são gratuitas.

A mostra vai apresentar monólogos de artistas consagrados da cena teatral baiana, como Rita Assemany, Caco Monteiro, Zeca de Abreu, Ricardo Fagundes, Márcia Lima e Leno Sacramento, além de marcar o retorno de Maria Menezes aos palcos. A curadoria é da DaRin Produções, que prestou assessoria técnica para a seleção da grade de programação.

Confira a programação

Na sexta-feira (17), abrindo a temporada, no Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 (Coutos), Maria Menezes retorna aos palcos com espetáculo-solo para celebrar trinta anos de carreira e atender aos pedidos dos seus fãs. Com encenação e dramaturgia de João Sanches e texto da própria atriz, o espetáculo “Maria AO VIVO!” propõe um encontro ao vivo, totalmente presencial e interativo, entre o público e essa artista tão popular. As próximas apresentações acontecem nos próximos dias 25 (sábado), no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe, e 31 (sexta-feira), no Teatro Gregório de Mattos, sempre às 19h.

Godó – No sábado (18), às 19h, o Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe (Itapagipe) recebe “Godó, o Mensageiro do Vale”, com Caco Monteiro. A montagem é fruto de uma pesquisa realizada pelo ator e produtor Caco Monteiro, sobre histórias do garimpo do diamante na região da Chapada Diamantina, no coração do Estado da Bahia, com direção do inglês John Mowat, iluminação de Jorginho Carvalho e figurino de Maurício Martins. As próximas apresentações acontecem nos sábados 25/3, no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria, e 1º/4, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras.

A peça é inspirada na história que aconteceu no Vale do Paty, entre os anos de 1937 a 1985, Chapada Diamantina – Bahia, onde na época viviam duas mil famílias. A história de uma delas, a família de D. Dalzija e seu filho Jáiso, carinhosamente conhecido como Godó, devido ao seu gosto pela comida típica da região chamada “godó”, um purê de banana verde.

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Medeia Negra – Ainda no sábado (18), às 19h, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras, quem sobe ao palco é a atriz Márcia Limma com premiado solo baiano “Medeia Negra”. A dramaturgia valoriza as emoções e desejos registrados nessa troca de cartas, assim como referências do dia-a-dia das mulheres participantes das oficinas. O espetáculo também traz elementos musicais e da religiosidade afrobrasileira, além de referências políticas e intelectuais, como Ângela Davis e Djamila Ribeiro. As próximas apresentações acontecem nos dias 14/4 (sexta-feira), no Espaço Boca de Brasa – Subúrbio 360 e encerra o Curto Circuito das Artes no dia 16/4, no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe.

A narrativa expõe as opressões da mulher negra em diferentes lugares de fala e tempos históricos, como um grito contra a estrutura social que marginaliza, julga e aprisiona as mulheres. O espetáculo é fruto de pesquisa no Mestrado em Artes Cênicas, na Ufba, e envolveu mulheres em situação de encarceramento no maior complexo penal de Salvador.

As internas participaram das oficinas teatrais conduzidas por Márcia Limma, e escreveram cartas para Medeia após estudar diferentes versões do mito. A montagem foi listada como um dos espetáculos nacionais mais importantes de 2018 pela revista Bravo. No ano seguinte, Márcia Limma foi indicada ao Prêmio Braskem de 2019 na categoria melhor atriz.

Em(cruz)ilhada – Também no sábado (18), às 19h, no Espaço Boca de Brasa – CEU de Valéria (Valéria), acontece o espetáculo “En(cruz)ilhada”, com Leno Sacramento. Trata-se de um monólogo onde a vítima não está isolada e é conduzida a várias formas de morte. Nesse processo você pode estar dos dois lados. Na encruzilhada da vida e da morte, não espera-se nada: o que se vê é uma aniquilação absoluta.  As próximas apresentações acontecem nos sábados 1º/4, no Espaço Boca de Brasa – Sesi Itapagipe e 15/4, no Espaço Boca de Brasa – Cajazeiras.

A montagem aborda o fato de, assim que nascemos nossas cabeças são colocadas na mira de uma bala que segue nos matando lentamente: a morte social, a morte cultural, a morte financeira, a morte estética, a morte psicológica. A morte nos invade, nos extermina e nos põe em uma cruz de braços abertos. Ela nos deixa sem escolha, sem opção. Nos dilacera e nos abate pouco a pouco, nos levando a uma encruzilhada. No lugar onde se cruzam dois caminhos, também a morte se esbarra, nunca estaremos sozinhos.

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