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Anfavea: “A gente não quer subsídios, quer competitividade”

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes afirmou nesta quarta-feira (13) que o setor não defende novos subsídios e criticou a politização do anúncio do fechamento das fábricas da Ford no Brasil. Ele também apontou o sistema tributário brasileiro como um dos principais obstáculos para investimentos das montadoras.

Esta é a primeira manifestação da entidade, desde que a montadora americana anunciou na segunda (11), o encerramento da produção de veículos no país e da afirmação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de que a “Ford não disse a verdade, querem subsídios”.

“A gente não quer subsídios, quer competitividade. Estamos há anos mostrando medidas que precisam ser feitas para melhorar a competitividade no Brasil”, afirmou Moraes, em entrevista coletiva.

Antes dessa declaração, ele citou todos os alertas que a Anfavea fez desde abril de 2019, pedindo reforma tributária, mostrando comparativos que indicam o custo de produzir no Brasil, por exemplo, 18% maior que no México, melhoria do ambiente econômico e atacando o “manicômio tributário” do Brasil.

O presidente da Anfavea comparou os incentivos fiscais no Brasil à estratégia de muitas varejistas na Black Friday: elevar preços na véspera para oferecer grandes descontos na promoção.

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“O custo do Estado é muito pesado, ninguém aguenta mais pagar imposto. E daí vêm pessoas falar em subsídio. Na verdade é igual ao que eu falei da Black Friday: aumenta o preço para dar o desconto. Vamos ser honestos: é impossível desenvolver uma indústria com esta carga tributária”,  disse Moraes.

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