Bahia Pra Você

Ali há dragões

Alex Curvello – Advogado

Recentemente estive em uma palestra na OAB Ceará e um dos palestrantes que estava falando sobre os desafios da jovem advocacia, deixou uma expressão no ar que me prendeu, além da expressão utilizada na palestra, que foi a “ali há dragões”, ele associou a referida expressão a problemática da jovem advocacia, fazendo um paralelo ao descobrimento do Caminho da Índia, descoberto pelo navegador português Vasco da Gama.

Pois bem, ficou o entendimento de que, muitos exploradores da época não desafiavam os caminhos tortuosos para a Índia, pelo fato de que por ser um mar desconhecido, muitos tinham receio e já haviam escutado histórias de que naquele local, havia dragões, sendo que Vasco da Gama com coragem e determinação, superou todas as adversidades e abriu caminho para um novo mundo.

Diante disso, vem o paralelo à jovem advocacia de que apesar de muitos relatos sobre as dificuldades e os caminhos complexos com “dragões”, todos devemos superar o mar revolto, acreditando no caminho trilhado, pois a descoberta ao final da jornada será de grata surpresa.

Com isso, trouxe para nosso Papo de Quinta uma superação dessa expressão, “ali há dragões” para quase toda nossa vida, afinal ousar lutar é merecer vencer.

Sendo assim, desde nosso nascimento, até o fim de nossas vidas, enfrentaremos dragões, devendo superar caminhos desconhecidos, em busca de um mundo melhor.

Passamos a enfrentar os desconhecidos “dragões” desde o aprender a andar, a falar, passando pela turbulenta adolescência, o desconhecido do primeiro emprego, a constituição de uma família e muitas superações de um “mar” desconhecido que temos que superar diariamente.

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Me recordo a decisão de casar, ainda estagiário por sinal, mas com a firmeza de enfrentar qualquer adversidade pelo fato de o desconhecido caminho não poderia ser motivo para que fosse desistir e foi uma das melhores decisões já tomadas em minha vida, enfrentar o “mar” desconhecido e chegar a um mundo maravilhoso de dividir uma jornada a dois.

Muitas vezes no caminho, temos águas calmas, mas a calmaria por vezes nos leva a acomodação e dificilmente irá ocorrer uma superação, até porque necessitamos revolucionar, nem que seja internamente, para ousarmos empreender memoráveis aventuras épicas pelos mares e oceanos mais longínquos, realizando descobertas fascinantes para nossas vidas.

Por fim, entendo que a vida não se resume a nadar em círculos, envelhecer e morrer apenas, isso é muito pouco, a estrada que você já conhece o leva sempre de volta ao ponto de partida, sendo assim devemos enfrentar qualquer mar novo, tendo dragões ou não.

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