O acesso à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) está limitado a apenas 15% dos servidores que não podem exercer suas atividades em regime de home office. A decisão foi tomada pelo presidente da Alba Adolfo Menezes (PSD) nesta terça-feira (23).
Os demais servidores permanecerão trabalhando de forma remota pelas próximas duas semanas, conforme recomendação de infectologista lotada no serviço médico da Alba.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, o momento é grave e impõe sacrifícios e responsabilidade a todos, pois as autoridades não podem tudo e o ritmo de disseminação da Covid-19 só será refreado com a conscientização e ajuda de todos: “A pandemia superlotou hospitais e unidades de saúde em toda a Bahia e a situação em Salvador que absorve doentes de todo o Estado está próxima do colapso nas redes públicas e privadas” informou.
Ficar em casa, continuou ele “é o melhor remédio para todos nessas duas semanas críticas. Não paralisaremos o Poder Legislativo – amanhã teremos votação –, porém com o mínimo possível de presenças, em respeito à saúde dos nossos colaboradores”, afirmou, acrescentando que a hora é de prudência e a prudência manda ficar em casa.
O serviço médico da ALBA apresentou um relatório pormenorizado da pandemia em Salvador, registrando o aumento das infecções e reinfecções no Estado – bem como cepas mutantes mais agressivas – com o incremento nos atendimentos e elevação da taxa de ocupação de leitos hospitalares.
Segundo o serviço de saúde da Casa, ao menos 12 funcionários foram diagnosticados com a Covid-19, todos com sintomas leves, mas esse é o maior número de constatações desde o início da pandemia em março do ano passado. Os infectados estão em casa e os colegas que tiveram contato estão sendo testados – para conter o avanço da Covid-19 na ALBA.
A expectativa é de que com a redução do fluxo de pessoas diminua a curva de contaminação nos próximos dias, num processo que beneficia não apenas os integrantes do Legislativo, mas toda a comunidade.