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Acesso à educação, saneamento e energia é menor entre negros

Rio de Janeiro - Moradores do Complexo da Maré vivem expectativa de mudanças sociais. Conjunto de barracos à beira de um canal conhecido como favelinha da Mc Laren (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud Brasil), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro lançam nesta terça-feira (29), uma nova versão do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, plataforma on-line que reúne indicadores socioeconômicos.

A nova edição revela que a população negra é mais afetada pela falta de saneamento, educação e acesso à energia. O serviço apresenta novos indicadores com base em dados do governo federal, ressaltando diferenças regionais, socioeconômicas e entre grupos populacionais do Brasil.

As pesquisas mais recentes usam dados de 2017, mas nos próximos meses o sistema será atualizado com informações de 2018/2019. É possível verificar, que o analfabetismo entre os maiores de 25 anos atingia mais negros (11,81%) do que brancos (5,09%). Essa análise tem como base o cruzamento de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2017.

Já nas internações causadas por doenças, a porcentagem caiu de 3,84% em 2013 para 2,28% em 2017. Homens eram mais atingidos do que mulheres e as internações entre a população negra era mais que o dobro do que entre os brancos no país.

Na comparação dos censos de 2000 e de 2010, a proporção de negros com acesso à energia elétrica era de 89,77% e passou para 97,17%, mas, apesar da melhora, o índice continuou inferior em relação à população branca, que variou de 96,70% para 99,22%.

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O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil chega à sua quarta edição, com informações detalhadas, de fácil acesso e que permite o maior cruzamento de dados possível gerando um raio-x sobre a realidade brasileira.

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