Bahia Pra Você

A atualidade do discurso científico em A Mosca (1986)

Professor Mizael Moreira

A extensão humana deriva das formas de agir e de pensar nas interfaces de sua construção e evolução histórica. É nas entrelinhas da vida que o ser humano se coloca entre protagonistas e coadjuvantes num doravante crescimento da humanidade. Tempos passam, coisa mudam…, homens e mulheres fazem parte desta esfera de constante renovação que chamamos de sociedade, tudo isso pelo simples fato de sermos Homo sapiens.

Sem sombra de dúvida, pode-se visualizar a ciência como detentora de um grande poder influenciador no cotidiano das pessoas ao longo de sua jornada existencial, se torna responsável pela progressão, proporcionando novas abordagens em torno de aspectos evolutivo, pois o ser humano pensa, tem dúvidas, estuda, pesquisa e chega a resultados, ou seja, faz ciência.

Fica oportuno destacar David Cronenberg, por exemplo, que em sua produção cinematográfica “A Mosca” de 1986, ressalta o corpo, enquanto representação física do ser humano, a imagem como retrato indenitário e a tecnologia como desenvolvimento social, aspectos favoráveis que engrandece mulheres e homens simplesmente por germinar a evolução humana ao fazer ciência.

No enredo da ficção, um cientista investe seus estudos num mundo quântico, isto é, na projeção de uma máquina teletransportadora de objetos e de pessoas, incorporando algo desconhecido do universo acadêmico-científico. O protagonista se envolve com uma jornalista onde adquire informações privilegiadas acerca da pesquisa, acompanhado até a progressão e o sucesso do projeto. Na deslize da narração, após um momento de não se encontrar lúcido o suficiente, ele resolve realizar um teste, com a qual a cobaia seria a si próprio, o que ele não esperava era a existência do inseto que dá nome ao filme, causando um desequilíbrio nos processos de informações, causando uma fusão num nível genético molecular entre os DNA’s do homem com o inseto, provocando uma mutação genética ao inventor.

Nesta senda, os conhecimentos técnicos, os métodos utilizados, as coletas de informações e o progresso nos resultados são cruciais no período da pesquisa, guisa a importância da educação na formação e construção dos seres socioculturais.

O bem-estar da humanidade está vinculado ao progresso científico no desenvolvimento da tecnociência e na descoberta de novos paradigmas que a ciência revela, paralelo a este contexto, como é o caso da Pandemia do Covid-19 que deu início no final do ano de 2019, perpassando por 2020, mas a esperança só chegou no começo de 2021, ou seja, em meio à este período, enquanto o inimigo invisível provocava pavor nas pessoas, a comunidade científica realizava estudos aprofundados no intuito de descobrir a cura para a doença que se alastrou por todo planeta, atingindo grande parte da população e levando milhões a óbito,

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Este é o cenário que temos ao assistir a intervenção da ciência frente às mazelas enfrentadas pelo ser humano, em favor de um mundo harmônico e possível de viver, é com uma postura revolucionária que o universo científico nutri de sucessos adquiridos com racionalidade e atuação eficácia decorrentes nas suas descobertas, o que nos leva a dar a devida valorização dos mais diversos profissionais que faz ciência em torno do mundo.

Assim, a ciência desenvolve um papel fundamental no que diz respeito ao conhecimento do ser humano em torno da sua realidade, seus promissores resultados devem estar a serviço da humanidade, e é neste olhar que se percebe a importância da educação na vida das pessoas no quesito formação e alfabetização cientifica, pois é nesse trilho que o ser humano caminha para a evolução e com ela os benefícios que traz para o ser humano biopsicossocial por essência.

Mizael Moreira, graduado em Pedagogia pela Faculdade de Ciências
Humanas e Sociais – AGES, pós-graduado, Lato Sensu em Direitos Humanos
na Escola pela Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI. Voluntário
no Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH/UNEB)
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